Júlia Zanatta

No Brasil, as coisas estão similares às da Venezuela, como vocês podem ver. O sistema passou a ajustar suas engrenagens e perseguir não apenas a direita, mas qualquer crítico e opositor”, afirmou a deputa federal Julia Zanatta durante seu pronunciamento no 9° Encontro Político ECR Eurolat, em Bruxelas, no Parlamento Europeu. Durante a viagem, a deputada esteve ainda, no Tribunal de Haia para denunciar os crimes contra a humanidade perpetuados no Brasil.

O convite para participar do encontro veio do vice-presidente do Grupo Conservadores e Reformistas Europeus (CRE), Hermann Tertsh. Além da deputada catarinense, estiveram na comitiva brasileira, o deputado federal por São Paulo, Eduardo Bolsonaro, Gustavo Gayer de Goiás, Bia Kicis do Distrito Federal e Marcos Pollon de Mato Grosso do Sul, todos da bandaca do Partido Liberal (PL).

Com objetivo de discutir o diálogo político e fortalecer as relações entre os líderes conservadores da Europa e América Latina, os debates foram em torno de assuntos mútuos como economia, sociais e políticos a fim de garantias fundamentais como defender o resgate da liberdade, dos direitos e outras garantias fundamentais no país. Em seu discurso, Zanatta contextualizou a ligação do presidente Luis Inácio Lula da Silva ao chavismo e ao Foro de S. Paulo, bem como semelhanças históricas importantes entre os regimes. Denunciou ainda os abusos do Supremo Tribunal Federal e a censua vivida no Brasil.

“Já não temos imunidade parlamentar. Muitos jornalistas hoje são exilados políticos. Parlamentares foram presos, assim como civis que protestaram contra esse sistema. Não podemos aceitar e normalizar essa perseguição constante aos opositores, fatos que aconteceram na Venezuela hoje acontecem no Brasil”, alertou a deputada em seu discurso.

Na companhia do deputado Eduardo Bolsonaro e do deputado Rob Ross, Zanatta denunciou em Haia, prisões sem o devido processo legal, passaportes de jornalistas cancelados e perseguições judiciais sem precedentes.

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